Dezembro de 2020
Empoderamento
Citando diversos autores vamos encontrar Empoderamento como “o fortalecimento do poder, participação e organização das pessoas com doença mental e seus familiares, no âmbito dos cuidados e serviços e nas estratégias de defesa de direitos”; ou como “o meio pelo qual as pessoas adquirem maior controlo sobre as decisões que afetam as suas vidas, e como mudanças em direção a uma maior igualdade nas relações sociais de poder.”; ou como “o aumento de poder pessoal e coletivo de indivíduos e grupos sociais nas relações interpessoais e institucionais, principalmente daqueles submetidos a relações de opressão e dominação social.”; ou “estar empoderado caracteriza-se na liberdade como uma forma de tomar as suas próprias decisões, desde que esteja imbuído de informações para tal.”.
Entendido como desafio ético e intersectorial no âmbito dos Direitos Humanos e Cidadania um processo de empoderamento remete para diferentes maneiras de poder alcançá-lo; vejamos: através do aumento da autonomia e da auto estima, pelo estímulo e motivação à criação de projetos nos quais os indivíduos com doença mental e os seus familiares sejam os protagonistas, pela criação de materiais informativos que esclareçam os direitos e deveres das pessoas com perturbações mentais e suas famílias, pela fundação de associações de defesa dos direitos das pessoas com experiência de doença mental, de associações e entidades cooperativas de solidariedade social que possam desenvolver projetos pró ocupacionais e laborais (emprego apoiado, emprego protegido). As pessoas com perturbações mentais podem, em muitos casos, ocupar-se regularmente e, mesmo, trabalhar. A saúde mental tem hoje meios para o acompanhamento adequado, e necessário para que estas práticas sejam possíveis e desejáveis.
Adelino Manteigas, Enf. Especialista ESMP
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